Dead Man ( extraído de censurável de Misha Kula)

quarta-feira, 17 de outubro de 2007



I´m like a dead man walkin´ around the red light streets of a life in selfishness restrained... Restrained na inquietante estranheza da vida onde como tudo acabamos por ser levados à simples pergunta de why... why me.

Neste isolar continuo que é a vida o contacto com as pessoas que nos são próximas diversifica-se com mil e uma razões de serem relacionamentos abençoados pela conjuntura de um fluxo de energias em busca constante de regeneração kármica.

Trata-se apenas de uma visão questionável, aliás tudo é questionável nesta matrix sem controlo remoto...



A Arte transmite a vida de forma sincera e custosamente vulnerável...


A sinceridade do artista reflecte-se na sua obra e na comunhão universal que daí advém. Já podem ter ouvido um discurso parecido, já deve ter sido dito redito e continuará a ser dito neste caminho onde todos os ouvidos são tapados pelo reembolso fácil da arte sem interesse.



Da arte impertinentemente rasca e que nos é oferecida em parques recreativos sociais, afirmando-nos estes charlatães que ela representa a estética socialmente aceite como brejeira e sem interesse em aprofundar infortúnios sociais emergentes...



A obra simboliza o autor e a sua dádiva à comunidade de interesses circulantes na esfera alta de controlo excessivo do pensar... A rebeldia das obras é uma virtude e a luta pela igualdade social é prioritária...



Não podemos ceder à cultura burguesa sem esperarmos cair na patética sold transaction de uma holding bancária... Luxo necessário para se comprar uma máquina de escrever do século XIX para guardar junto ao Óscar ridicularizado de cifrão plástico em mediatização.



Na Arte tudo é permitido... Em principio... Caso a máfia local da Writtin´ Actin´ Dancin´ Institut não tiver já posto um olho no milionário contrato que dá a sinceridade ingénua do artista... Agracia-se uma galinha de ovos de ouro.



A sociedade deveria pertencer aos artistas e não aos mafiosos, tratando-se este texto de uma utopia sincera de um jovem artista em apuros algures numa cidade empacotada em valores de indiferença cultural.

Aclamo uma escrita que seja livre espontânea e sentida no mais ínfimo pormenor cénico à sombra de um iodine 10 000 voltes filtro vermelho... Onde escrevo... Escrevo este meu lamento onde mais tarde tomaremos um copo de sonhos em end of parking for lost emotions...

A pátria de Balzac pariu-me assim como a pátria de Bocage me acolheu e incentivou para a escrita mas deverei continuar uma vida a escrever escrever em várias línguas... Em várias pátrias... Em vários estilos.



Projectos e ideias invadem-me constantemente...

Pensamentos supérfluos talvez, mas onde há sempre uma réstia de sinceridade artística sinceramente posta lá para o mais perspicaz artista em germinação aproveitar talvez como escape para a fantástica caverna de libertação artística in natural exposition...



A natureza é a mais bela obra artística... É fabulosa nunca devendo ser destruída... Sou um ser urbano e prático mas não deixo de invejar o ser natural e sensitivo que comunga todos os dias com a mística realidade natural.
O ser que vive sob a astral protecção do sol... Da lua... Da agua e da terra... Guardiões da beleza intensamente perdida no interior longínquo do nosso ser.



Ainda estou em formação, aliás estarei toda a vida em formação, o acordeão frenético da existência está-me no sangue assim como o fado está na minha razão.

Perco-me incessantemente nas ilações reflexas de perguntas sem respostas, onde componho e sonho este meu recital de saxofone plus acordéon onde animo talvez algumas tascas obscuras.

Tascas esquecidas algures num quarteirão estudantil não muito longe de uma critica zona cultural de uma cidade ficcionada na neurótica concepção artística desta minha desconexa reflexão mental...

Reflexão em apuros algures no laboratório cinematográfico do meu desejo ardente em maravilhar a vida e a sua bênção em conceber-me.



Rimbaud brincou com a poesia... Usou-a e re-usou-a ao proveito da sua sensibilidade e génio. Não sou um Rimbaud mas este exemplo elucida-me bastante para desfrutar em todos os aspectos da minha réstia de génio adormecido para brincar artisticamente e acima de tudo ter a sensibilidade suficiente de cativar o mais terrível dos caminhos da existência humana...



Um caminho onde não terei reconhecimento mas a sensação de ter feito algo de util e minimamente universal intencionalmente posto em meus actos e feitos de simples dead man walkin´ around nesta galáxia de exploração ficcional de uma mente sensível ao abstraccionismo latente de uma mente terrivelmente levada para o turbilhão artístico da existência...



Não tenho a Arte de Miguel Angelo... De Stanley kubrick... De Hemingway... De Albert Camus... Mas caminharei sempre no intuito de honrá-los pelas suas identidades.



Tenho um forte desejo de conhecer. De aprender e difundir várias culturas. Aliás tenho uma fome terrível em objectos e cenários que me permitam uma evasão instantânea para o nirvana ficcional da beleza plástico/escrita.

Talvez seja essa a razão de ser um dead man. Talvez já morri para a existência banal de vidas em betão armado para voar nos céus cinzentos de uma realidade artística que talvez me levará a imortalidade sacra de existência perdida nesta arte burguesa.

- nojo do capitalismo -
Imbecilidade de produção adjacente ao boxificado combate Popular Vs. Universal razão em ser artista.

Muita gente se tem rido de mim. Acho que se deve ao meu aspecto urbano/rústico mas essas pessoas não me inspiraram razões de confiança, estava escrito inaptos nos scanners obsoletos dos seus olhares de ovelhas amestradas e burras. Não tenho nada contra as ovelhas, nem da pobre Dolly, mas as pessoas ovelhas deviam ser... Ok... Eu digo... Castradas.



Vou continuar a minha vida despreocupada chorando e aclamando q.b. a beleza que me rodeia e nos rodeia. Pois estamos reunidos no mesmo quotidiano. Aquele que se reflecte em muitos olhares e visões onde este guião representa apenas uma de entre muitas visões ainda por surgir.



Não! Não podemos deixar de pensar na realidade social. Uma sociedade virada para as artes será uma sociedade madura e aberta à beleza da existência.

Uma terra de revoluções e por isso utópica.



A Arte universal é uma rosa onde de entre todos os espinhos a flor de beleza irrompe para o estranho salutar de vivermos felizes nas vicissitudes da vida.

A Arte é a Vida assim como a Vida é a Arte e perante este blues artístico renovador não abdico do meu estatuto de dead man aplaudindo os raros momentos de beleza que a vida me dá nesta Ópera de tramas shakespearianas ao som sentimental de Django Reinhardt.





1 comentário:

noEnigma disse...

as visitas estao a aumentar!!! ;)