Extracto de Em busca ( Part Two: Final ) de M. Kula

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Blizzard in Covilhã - PortugalImagem via Wikipedia



If you fall... Get up!
...
A Estrela protege-te
O transeunte sorri-te sinceramente envolto em tuas asas de querubim caído
Não o deixes!
Pois és puro... És a agua que vitaliza a raíz da Vida...
O ar que enche os pulmões de esperanças
ÉS o rodar do tempo
A permanência de nossa essência...
O sensível retrato do Eu
Amado artista... Destroce prisões erguidas
A Vida... As Vidas... Nós!
Sempre te protegeremos!
Sê honesto e sincero na luz que guia a tua obra
Não esquece que sempre há um amigo...
Sempre há uma razão
Sempre há algo
Para sempre
...
If you cold... We warm you up!




Extracto de Reverso (part 1) de M. Kula

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

An em can be defined as the height of the block used to typeset the font at a particular point size (Measurement c in this illustration)Imagem via Wikipedia





Iludi-me frente ao espelho Iludo-me frente a todos os espelhos que encontro na minha demente realidade Iludo-me na crença de que a minha carcassa vale algo e vale algo se pensar no repasto gula de vermes que aguardam sua missão de limpeza Iludo-me com o meu sorriso escarlate que lança um intimo reflexo de cumplicidade ilusória em um dia ser útil e iludo-me frente a cortina azul da casa de banho branca incandescente Em espelho ilusão/consternação iludo-me nas caricias de chuveiro hidratante em que só me iludo mesmo com a vida sem rumo que obstinadamente não consigo CONTROLAR





Surrealismo em noite catártica - Extraído de Censuravel

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008



Embalado por um whiskey...
Quero dizer dois mais alguns Marlboros... Parti para outro mundo...
Um mundo em que dizes... Que fazes tu aí?


Mas eu não sei... Ia por aquele lado... No canto de um bosque...
Viver a vida que me esperará em dois três séculos... Onde estarei lá...



No canto do bosque junto a essa outra vida que me embala para os seus braços.



Lá onde me sinto seguro e em paz para escrever e escrever mais delírios neste cabaré de nus catárticos envolvidos na felina paixão em posto cimeiro voyeur da nossa incompetência existencial para com tudo o que nos rodeia.



Tomo a razão da existência como ponto crucial de viver uma vida de baixos e altos momentos em alto mar tempestuoso...



Culpa desse scanner vivencial e tempestuoso desta minha existência efémera mas sentida em viver a vida...



Viver as vidas que inundam as nossas existências multifacetadas na razão que nos motiva a viver... Agir... Partir.



Não somos todos iguais... Claro que não... Não viemos todos do mesmo talho. Mas a vida será o resumo de uma busca... De uma crise... Uma busca incessante da verdade inerente a realidade talvez de crises de homens... Crises de linguagens... Crises de fé... Crises de sociedades...



Dará isso uma desilusão catártica impulsionadora.

A iniciação de um caminho para a liberdade de possuir a verdade dentro de uma alma e um corpo.



Debato-me. Debato-me incessantemente nesta questão... Devo estar em crise... Em crise bastante grave de valores e de existências em que emergimos constante e voluntariamente cativados.



A existência deve ser isso mesmo.



Viver realidades e irrealidades de uma mente submersa na fantasia excessiva de viver... Viver demais até... Mas não há crise... Amanhã estarei mais velho.



Esta noite perdi tudo... Tudo aquilo que fiz... Tudo aquilo em que acreditava... Será possível isto acontecer?



Acho que na escrita tudo é possível... É inacreditável a beleza catártica que sobressai nestes pedaços de papel outrora em branco... Onde então... Asfixiado em surrealista noite catártica convidei para um cachimbo a presença de alguns mentores da minha mente em formação.



Ao fim de alguns copos surgiu uma reunião gratificante de crises existenciais embaladas para a conferência intimista de um Rimbaud revoltado.



Não! Não! De agora em diante me revolto contra a morte! O trabalho parece demasiado ligeiro para o meu orgulho: minha traição ao mundo seria um suplicio demasiado curto. No derradeiro momento, atacarei a direita, a esquerda... Então – oh! – Cara pobre alma, a eternidade estará perdida para nós!”

Ora estando eu ainda a decifrar a razão desta minha crise fantasiosa... Surge Sartre com um... Com um...



O que fizeste? Colas-te a mim como os meus dentes a minha gengiva. Vejo-te em todo o lado, vejo o teu ventre sujo de cadela, sinto o teu calor nas minhas mãos, tenho o teu odor nas minhas narinas. Corri até aqui, não sabia se era para te matar ou tomar-te a força. Agora eu sei. Não posso portanto perder-me por uma puta.”

Retorquindo logo o recém chegado Camus...



Não choreis. Não, não, não choreis! Vocês vêem bem que é o dia da justificação. Algo eleva-se nesta hora que é o nosso testemunho a nós outros revoltados: Yanek não é mais um assassino. Um barulho! Bastou um barulho terrível e lá está ele regressado a alegria da infância.”



Este discurso ficou-me na retina onde pensava poder atravessar o espelho...
Mas cuspo sangue na minha banheira... Voltando destas minhas insónias viajante da manhã cortando menções inúteis neste meu caderno de faltas.



Tento desligar o fio para ter de volta o meu silêncio...



Em crise de noite catártica surrealista pelo anoitecer da razão retirarei a minha absolvição... Deixando-vos sem reticências o direito à opinião em noites surrealistas... Fruto existencial de se viver numa ilha de indiferença kármica...



O tal refúgio do moribundo elefante do meu suspiro onde indubitavelmente Every man got the right to decide his own destiny.



No corredor dos meus sonhos esperar-te-ei no canto do bosque onde desde de sempre estiveste.




Lucky Day - Extraído de Censurável de M. Kula

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Penha de Águia, Faial, MadeiraImagem via Wikipedia


Sobre os raios ilúticos da boa vida associada à tua respiração segura e melódica, deste-me o bailar dos sentidos afáveis de lucky day.


Parei e pensei no nirvana da nossa simbiose de perfeição incalculável a olho nu onde o nosso diamante póstumo de beleza pura de sentimento roxo de tanta emotividade nutrícia...

Impulsionava uma vida catártica refrescante na brisa da comum felicidade de delírio cósmico em plena constelação de Orion...

Aquela constelação onde com uma supervisão técnica e harmónica da 9ª orquestra sinfónica deste meu sincero reconhecimento

abstracto/concreto

compúz o ritmo único e puro de um just a lucky day jazzistico arrumado no quarteirão latino estacionado junto a um canto ventilado da minha caixa de pandora...

Caixa viva em rubro electrificante pela passagem de uma Afrodite redescoberta em sentimental e não perdido pensamento.

Aquele pensamento nobre e adormecido na sempre útil quotidiana descoberta humana onde o esquecimento não existe...


Ensombra inutilmente.



Sobre o incontornável I can give you anithin´ but love impulsionei a beleza gentil da frontalidade kármica de um beijo envolto em beija-flor romântico e entregue a paixão Erotico Stream.

Bendita paixão sem a censura terceira da ordem de médicos enrolados numa ordem de advogados em luta pelo Pitágoras.

Pelo Pitágoras dormente na perplexidade natural de um tirar de máscaras.

Véus de uma ultra sofisticada rede de protecção de um bunker construído sobre o exagero da rejeição.



Desse partir de máscaras está a indubitável beleza do nosso olhar despreocupado, confiante na emancipação intelectual de um acto de destino...

Coup de foudre da inevitabilidade arte de amar a jornada de agreste paisagem de desejo amante...


We can only give ourselves anithin´ but love sob o olhar inefável de Platão debruçado sobre uma maldita lira desconexa pelo teu abraço real de...

I kill D. Juan de la Penha na fracção de uma milésima de segundo de um olhar cúmplice em tarde de feira na cidade dos anjos adormecidos em busca de uma cinderela já enforcada na sua torre de ouro e marfim inacabada...

Lá onde já nem a razão do Confúcio opiumizado pelo sono eterno de Morfeu dislexizado pela morte do patinho feio televisivo em horário nobre...


Lá onde apenas sobressai tudo o que sou, devo-o a ti...

Guião inacabado na câmara micro/ocular que do fundo da tua retina delícia o infinito de sensações e motivações que invadem

a quotidiana autoridade exagerada do meu agir...



Única verdade deste meu blues de

I´m in love




Movin´on - Extraído de Lyric Intuition

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008





Gargalhada interior. Hiperventilação arterial.

O riso que nos devolve a infância em que percorremos caminhos de terra e bosque onde cada montículo deste belo paraíso terrenal nossa terra nos impulse para a aventura.


Sou Alexandre o grande... O domador do leão persa... Sou Robin dos pobres e mato o terrível duque de Nottingham, o maldito fascista de merda.

Não... Nada disso... Sou Merlín, o grande Merlín e fundo-me nas arvores e o seu manto verde de esperança. Verde de vida. Vivo em magia, respiro em liberdade.


Acordo.


Acordamos sempre nos momentos de gloria...

É o efémero cintilar do tempo, onde um pestanejar nos remete para a realidade que já não somos crianças. É a cruel noção do relógio que tiquetaqueia continuamente. Nisso não posso. Nisso não podes fazer nada!

NÃO.

Não entres em pânico, a vida são dois dias e amanhã será bonito... Ou será alegre... O fim não é um final... É apenas um novo começo... Não te falhes... Não te inibes. Simplesmente vive. Deixa viver.


Tic... Tac. Tic...Tac. Tic ... Tac.

Time keeps movin´ on.


Amanhece como se o sol ainda não tivesse conhecido Luna. Como se ainda não tivesses encontrado a almofada que repousa sobre o teu leito de sono. Nada que te realize é supérfluo! Volta a ser criança, nem que atrai o desdém dos usurpadores de consciência. Quem te quer te acompanhará na aventura dos sentidos. Não tenhas medo.

Não tenho medo! O movimento é forward with a right step backward.


Tic. Tac.


Caminho para a verdadeira essência das águas em movimento. Desaguarei no oceano as minhas magoas. Renascerei de novo e voltarei a tiquetaquear incessantemente até que a pilha se caduca... Até que a energia não se renova. É o cruel destino do tempo.

Tempo que não devemos deixar escapar!

Volta aos teus sonhos de criança.


Agarra o tempo perdido.

Faz mil e uma revoluções. Renova o mundo. Promove a utopia. Cresce como uma semente em terra de cultivo de bosque. Volta atrás quando necessário e volta. Continua andando. Continua amando.


As rotações do próprio ser são assim de rítmicas.

Sou Napoleão e já não quero continuar a guerra. Sou Truman e já não dou a ordem de lançar a bomba H. Sou Jesus e volto para mostrar o verdadeiro sentido das palavras que outros mal apropriaram.


Acordo.


Volto do sonho. Este preciso Tic... Tac... É meu. Volto ao meu tempo... Volto ao meu momento. Basta de ilusões. Tenho que controlar-me! Tenho que enfrentar-me!


Tic. Tac. Tic. Tac.

O tempo caminha. O tempo avança. O tempo muda.

Tic. Tac.


( silencio)


O tempo tiquetaqueia! Não quero perdê-lo!





Extracto de Saída

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008



3



Segui um raio de luz a filtro azul até a acolhedora boca de cena.

Nela ergui a caveira dramática totalmente ladeada na áurea mística de um Hamlet revisited.

O cenário vazio em profundidade volatilizou-se no abissal karma de hamartia idealo/desejada em Brechtiana Catarsis de reconhecimento.

A cena prolongou-se na irredutibilidade de um flamenco de sentidos Lorca espontaneamente extraídos à flor da pele.

As sombras sobre o canto da parede iluminada redimensionaram o encanto Grotowskyano de simples simplicidade artística.

Dirigi-me à esquerda alta para novo evento de redescoberta pessoal frente ao corredor da queda em sensibilidade sujectiva de irradiamento fantasioso.

Encontrei-me encontrei outro e outro e mais outro reviver ficcional em vários actos quotidianos na simples questão ética de exercício intimamente recaído nas palmas espectadoras acérrimas.

Na épicidade da loucura regozijo-me no Hamlet Machina a solta no palco quotidiano de todos os dias junto a Ofélia.

Em que...

Enlouqueci de novo sob o calor vermelho da minha insegurança genuína.