extracto da nota 28

domingo, 21 de setembro de 2014


vamos parar sempre ao norte

em busca dessa fria sensaçao de abandono

aí recuperamos forças até que se nota uma diferença

uma diferença indiferente aquilo que de facto já somos

não há rima e não há porto que nos encalhe em algum lugar

vivemos e simplesmente morremos mais tarde

amo-te

beijo-te

vivo-te

tudo palavras que caem no mesmo fundo

no mesmo background que chora um ainda não encontrei-te

um sempre ainda não encontrei-me

e essa sinceridade érode

érode a pedra e rasga a terra que caminhes sempre a procura desse lugar

desse mundo onde haverá mais gente como tu

mais como eu

menos como eles na verdade

estou feliz e triste nessa terra soleada

sinto-me bem mas mais quero

menos quero até para ser sincero

nunca temos o apoio que precisamos

ao menos a grande maioria assim vive

assim deixe de viver

triste terra

triste sonho este meu

mas não desanimes nem estresses por esse nada

tudo se resolverá meu amor

tudo se animará meu calor

tudo isso é ansiedade

tudo isso é normalidade

quando de repente sentes que desejada sempre foi essa meta

essa rota que te guia em misguidance

ao norte vou parar

a morte vou escapar

entrego-me ao esplendor do teu rir

não vou quebrar

não vou partir

não vou abandonar

vou sorrir

vou amar

e entregar esse elixir

esse ópio que já vês desde muito atráz

desde muito além do que fomos

irrequietos sem noçao certa

perfeitos em zona incerta

c´est un monde à l´envers où on regarde tous de travers

não busques mais

não desejes de mais

assim virá o sentir

assim sentir será viver

vamos parar sempre ao norte

até que o norte deixe de ser norte

e esse amar de ser morte

só poderemos amar-nos sem treguas pelo meio

sem travas nem arrastar de penas

de penas que por fim deixam de ser éternas