texto deslaxadamente posto

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

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desejo um incontornável desejo de deitar-me ao solo
ouvir o teu bater
sentir uma chama que me impulsa latir umas linhas que derivam nessa arrogância de ser eu
yogar fundo
libertar e ser libertario
freaze my soul
dentro de nada será noite
saudade
dentro de nada sera noite

doar-se é matar-se lentamente cozido em delicatessen repasto de amargos e crueis devoradores de sonhos
Nunca
nunca antes te desejei tanto...reminisciência que me espera

uma linha ténue separa a realidade da sombra em que me afundo entre sabanas deslizando way to the eliseum dream
lá fora tudo normal
por dentro umas ruinas (des) soterrando-se da pena que se m´ofrece
em frente, por outro lado, se vislumbra a incertitude de ser-se um ser mais à deriva

je regarde la mer...
je garde toujours un goût âmer...
vivo nessa realidade
vivo nesse conforto que me suspira em cada linha
dentro de nada será noite
saudade
dentro de nada será noite

em mil desejos espero uma irrupçao de escombros de um mundo que já cesse de encontrar-se
na rua semi deserta
circulo
aparentemente só
incrivelmente melancolico desaguo uma gota na existência que tarda a pronunciar-me
desejo essa vida que me espera
anseio essa vida que não terei
com um egocentriko desejo de writer abandonado em sua propia orgia de vaidades
queridos pares... abandono-me
dentro de nada será noite
saudade
dentro de nada será noite

é como abrir-se uma caixa de pandora e ter a confirmaçao que tudo é emptyness
é olhar para essa escarpada falesia alma nuestra y dejarse correr
correr imovel
parar frente a yellow moon
ke vejo ke sou ke serei e tantas outras banalidades reminiscentes povoam este meu hangar outrora um cemitério verdejante
contudo obra-se
justifica-se que de nada serve estagnar
dentro de nada será noite
saudade
dentro de nada será noite

e assim de repente uma melodia se torna em processo de vida
one trully feeling of hope
tudo se apaciguará nesse desejo realidade
tudo deslizará nessa linha contínua descontínua que nos sensibiliza
nada mais importa
nesse refrao que é a noite
a saudade perfile-se como a única bela verdade de existir

....for now on I´m almost complete
dentro de nada serás eu ou um breve suspiro que sussurou.





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Mais um extracto de NoteBook

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

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10)

A todos my beloved friends

A todos que confiam em mim

Tenho andando desleixado e indigno dessa confiança sem entraves que me concebeis.

De inovação não vejo um ponto neste caderno de sessions ambulantes

De lirismo nada de novo que faça girar a terra mais que a sua própria gravidade

Desleixado me refastelo ao sol, aqueço o corpo como um lagarto em horas mortas

No pensamento estou ancorado no ontem que me brutaliza a ordem do dia


Não deveria ter sido uma besta

Deveria ter mantido a delicada candura da margarita que balanceia ao vento

16 horas passaram e ainda ainda não consegui matar a raiva que me vulgarize

Estou perdido neste túnel sem luz nem esperança


Walt... Frederico... Arthur

Terão passado vocês por estes tristes black out?

Ao contrario de vós não tenho o génio nem a síntese de beleza na veia que conduz a minha lira

Mais de nunca, ontem vulnerabiliza a minha capacidade de agir

Em vossos braços entro no último conforto que me resta

Neles a minha hora morta ao sol terá sensibilidade de ser...

Mais ainda...

Será uma utilidade de ter sem proclamar nem supor .... A única verdade que nos guie ao som do vento e das gaivotas

Sem um fim no horizonte – o caminho torna-se um prazer

Assim como a tua retina irriga um oceano digno para afogar-se


Trully friends of mine

A pedra permanecerá para contar esta fairy tale de engomar

I' m such a lazy bastard






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15) extracto de Misha NoteBook

terça-feira, 17 de junho de 2008

Triste panorama para contemplar

Está tudo louco!

They're all insane


O homem é como o oceano

Amargo e cruel... Bondoso e livre como o ar que respiramos

Nessa imensa colecção de escolhas que o deprime

Como sempre a mais simples e menos eficaz escolha se perfila


Money rules they say


Os de batina e colarinho clamam por pobreza e partilha quando nem sequer partilham a sua riqueza

convencem-te a investir nas suas obras...

Mas como dizem o custo será pouco...


Algo maior que esse custo me revolta...

O controlo que se exerce sobre os oprimidos

Não há nada pior para o homem que ser sometido a uma vassalagem ideológica


O homem como o oceano é livre

Assim deve permanecer


Por outro lado...

Inquieta-me la pauvre Marianne constament violée para ce pauvre con de Sarko

Entristece-me a Berlutalia de campos de concentração e expulsão

In UK tenemos el gordo Brown mas não interessa

In United States the hope returns to black Obama

Espero sinceramente que não se vende às industrias de armamento, de farmacêutica e seguros médicos

We really need a change in Sam fucking land


De resto nas noticias morreu Yves Saint Laurent e toda a high society estava presente, excelentes canapés, musica Callas y de resto que coño importa...


Como dizia o Homem é como o Oceano, tão grande como bem mais de até onde se pode ver

Às vezes avistam-se faróis, indicam um caminho mas não impeçam uma deriva por correntes de sensações que desconhecemos


Na vida apenas sente-se e vive-se


Money rules converte cada vez mais adeptos nessa luta por um lugar ao ouro

Cada vez mais oceanos morrem

Cada vez mais a morte sai a rua vestida de verde, azul, roxo e todas essas outras cores que porta Misses Lady Coin

- moeda que nos corrompe...


Vou manter-me out desse desastre

O meu oceano e o seu lugar ao sol dizem-me ao ouvido que tudo o resto é supérfluo

Dentro de mim tenho um oceano de vida pronto para oferecer




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13) extraído de Misha Notebook

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Já não se vêm abelhas...


Isso entristece o meu espírito

Como a abelha desaparecerei sem que notem a minha falta


Sinto-me acossado



Observado

Sinto-me um target de uma fera desprezível e opressora

Esgoto a minha paciência

Perco o sentido de amar


Ke vulnerável sou


Não haverá conflito! As usual order must prevail

Como outros morrerei com a verdade entre os braços


Uma ordem e progresso hipócrita se desenha but my days are gone

Brevemente deixará de haver flores

Ça me déchire...



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12) Extraído de Misha NoteBook

sábado, 17 de maio de 2008



Noite
Entregámos-nos sem interesses ao desejo de agradar
Mas a flor não é tudo
Julgando teu aspecto a comunidade te rejeita
Cinicamente admitirá que abras o circulo
Rir-se-à contigo deixando claro que o teu lugar é below
Maldita comunidade neo burguesa que continua a travar a revolução de igualdade
Essa revolução que deve prosseguir a sua marcha

Ignorância desvela o preconceito

Falta de talento ressalta a hipocrisia

Esta noite no meio destes neo burgueses me sinto aparte
Excluído com o recanto do olho que vigia os meus passos
Nada a fazer!
Nem um abraço salvará esta noite!
Com estes neo burgueses ser proletário é o mesmo que ser leproso

Respiro tranquilo
Dentro de tempos o preconceito será uma imagem de antanho
Tudo muta!
Obstinado é manter-se imóvel na razão e esperança
Tudo inova queridos neo burgueses...

Na noite, vocês não passam de pequenos círculos separados entre si
Umas ilhas entregues a voracidade das águas oceânicas
Podem mentir!
Dizer que me amam
Na retina de vossos olhares a verdade shall always be vista
E nós como ervas daninhas povoaremos este mundo que é nosso
Em cada um de nós está a força

Sabemos!...
Sabemos que uma flor terá sempre mais pétalas que lâminas
Sabemos que cada homem é igual e amante
Sabemos que o sangue é vida
Sabemos que à agua é o futuro e tu um bonito sol que desperte

Assim continuaremos o rumo até que os campos sejam nossos
Até que o amor seja livre
Até que se deixa de julgar

Que te parece?


No horizonte haverá sempre um arco iris, uma esperança, um farol que de vez em quando nos orienta...



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11) - Extraído de Misha Notebook

sábado, 10 de maio de 2008

A genuinidade de ser é uma força
Uma inspiração que do nada espontaneamente nasce para nos guiar entre esses tramos de vias que desconhecemos
Assim volto para a casa cada fim de dia com a necessidade e o vicio perene de conseguir algo que me cativa...
Algo que me sorri espontaneamente genuíno
Assim vivemos entre às luzes da cidade
Entre um sorriso e uma oferta de um estranho retomamos o
sense of life que nos define
Quanto obtusos somos para resistir a esse desejo de doar-se


Todas às quinta feiras renasce em mim esse desejo de ser artista for one day
Esta forma de contribuir para a mais subjectiva entrega de si próprio
Espelho nos olhos...
Sentidos na pena...
Na alma um ardente desejo de ser amado


É como caminhar rente ao mar
Sentir o seu eterno sexo com a terra que o retém, expulsa e chama de novo
Nessas águas a sensibilidade circula ao longo do horizonte que imaginamos


É o nosso momento!
É acreditar que a planta crescerá mais e mais
É não baixar-se de aí
É delirar constantemente entre amigos que acabam de conhecer-se
É a liberdade de dizer amo-te ao amante que tomamos por granted



É tudo...
É isso e tudo o mais!


É nascer-se baixo a descomplexiva leveza de ser
É amar e sorrir na genuinidade de ser-se único
É na suma!
Esperar que genuinamente te seduzem


De resto... Em noites de quinta feira todas as artes são partes


( To be continued )





Extracto de NoteBook

sábado, 26 de abril de 2008


As nuvens rastejam rente ao monte que cerca a cidade
Suavemente dançando deslizam apagando essa réstia de horizonte sem fim que entre espaços se contemplava ao nosso olhar
Que pequenos tristes homens somos!

Tento encontrar o íntimo de ser-se
Mas nesse espelho não se vislumbra mais que a minha face deformada
O cansaço alonga-me o queixo nesta face em que mal se denotam olhos esmagados pelas pálpebras tão intensas como desleais companheiras

E....
E...
Tudo circula a minha volta
To run non stop parece ser o lema desta correria desenfreada para um safe place que todos sabemos não existir...

As nuvens rastejam sobre a terra que me cerca, ocultando o horizonte que lá em frente...
Sempre oculto, mas presente, sorrirá amanhá.
Estou ansioso e cansado
Não sei se amanhá suportarei o falhanço de fracassar como um intimo reflexo de homem vivo
Deixo esta questão para o futuro... Por hoje...
Quero repousar no colo do meu amado
Quero sonhar até que o horizonte se proclame de novo como único fim a atingir.


Imagem:
autor da foto:jahdakine
'By the light of the silvery moon'
www.flickr.com/photos/23019891@N00/314603021

Extracto de Misha Notebook

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Tacteio a pedra de quartzo que me acompanha dentro de meu ser

Busco protecção para o que há de vir

Viver em poetizo é estar-se na deriva, entre frentes que se antagonizam

É ser-se uma erva daninha que nunca ninguém exterminará

É ser-se a verdade que sempre sai da garrafa S.O.S que muitos lançam neste oceano de amarguras supérfluas.

É gritar que se quer!


Poetizar é ser-se livre

A pura essência que nos nutre de esperança

É ser-se felino em plena selva urbana

É querer-se em ti, tu, aquele, aqueles que se nos dirigem

É sentir no remorse and no regrets


Poetizo-me

Acredito que a maldade não existe no seio desses filhos de Apollo

Desse leite goteja o amor em tudo o que existe e que existirá

Pois vive-se para uma causa maior que os outros nunca entenderão


De aí vem a protecção

Desse divino amparo dos Deuses que já esquecemos

Desse eterno abraço da mãe que o vive

Tudo está in and out dele

Uma folha que cai entre a exuberância estival

Uma abelha que chupa os lábios de uma tulipa

Um cordeiro que nasce nos braços de um pastor

Tudo dorme nesse leito


E ele

O poetizo


Inexoravelmente seguirá o seu caminho

Sua voz passará a escrever o seu destino fulfilled em campos verdejantes de silêncio

Não há nada que ele possa fazer

O iceberg derrete-se e o medo evapora-se

É urgente beijar a boca que te deseja

É urgente voar para a liberdade de cada um


De aí em diante


Poetizar-se será a sua noção do dia sussurrada pela noite



Uma filosofia

Uma razão para viver e viver-se




Rextracto de Misha Notebook

sábado, 12 de abril de 2008

Planet Venus before being eclipsed by the moon. As seen from Sharjah, UAE on 18-June-2007 20:05:13Imagem via WikipediaMoldeando o busto de Venus perco a noção da realidade que me cerca
É um amparo... Uma fortaleza confortável e aconchegante
Entretanto...
A chuva cai non stop
O vento trás em si uma fria faca polar que rasgue fendas dentro de costelas, fémures e omoplatas usadas diariamente sem manutenção nem descanso.
Tenho 29 anos e estou cansado
Cansado de cada dia ser a mesma historia
Cansado por cada historia ser apenas uma versão

Fecho os olhos e escuto a vida
Que resta por redizer?

A flor que brota por um olhar indica-nos o que há por fazer
Libertée sans excéption
Prazer a flor de pele e amor ao vagabundo que entre jornais se aquece com essas noticias de um mundo que o renega... Uma maldita society que o esquece...
O nosso lixo é a cama do excluído
O lixo do excluído é a nossa redenção!
Busco sentido!...
Silencio e sentidos nesta pauta musical que tento compor embora não sabendo onde se dirige esta ira ou desabafo que me escreve
Quero um mentor
Quero um caminho de qualidade que me define.
Estou só.
Alone num cubículo de incertezas
Que fica por fazer?

I'm so depressed...

Misha Notebook

sábado, 5 de abril de 2008

Revivo na noite
Poetizo nesse colo que Luna me oferece
Na noite a maior parte dos rapaces não vê nem sente
É nessa segurança quase pueril que me olho no espelho
A dupla realidade desse microcosmos que me compõe expia-me de todas as atrocidades que pudera cometer agindo fuckin' wrong
Desculpo-me a mim mesmo
Sou assim de senil

Amanhá quero que me sentes como uma suave brisa que te reconforte
No harm. No bad feelin´.
Só o reconforto com uma arvore na mão e uma flor na boca que te beija.


Extracto de Em busca ( part two final) Lyric Intuition de M. K.

sexta-feira, 28 de março de 2008



Ilumina liberdades!
Expressa-te!
Futuro que ri
Arvore que germina
Que deparas debaixo das águas oceânicas?
Na baía tudo está calmo...
Como em uma fotografia de outros tempos
Que me deparas Vida?
Vida que sinto a flamejar transparente no eco do horizonte
Espero-te... Sorri-me de novo...
Cobre-me com esse manto de terra permeável
Com essa crosta de musgo vivo
Ampara-me...

J' ai vu le dessein

Agora!...
Tudo me parece diferente como em outra mente

Tudo o que fizer é uma doação ao Universo
Ao meu berço como Homem
Ao ar que vivo
À agua que me conduz à inspiração
À terra que vibra a meus pés
A todos os seres que partilham e compartilharão indiscutivelmente comigo a beleza da existência
Sou um mero expectador...
... Sou um mero sonhador...
Sou um mero escritor...
A riqueza provém dessa observação
A riqueza é partilhada
Desfazer-me dela é a questão
Queimarei todas minhas mansões e tesouros
Tudo para manter essa minha depressão



Mea Culpa Extraído de Censurável

segunda-feira, 17 de março de 2008

Symbol of the three Abrahamic religions.Imagem via Wikipedia



Humildemente disfarçado em Nick Cavizante som de uma árvore em luto negro... Fundo presente de algum canto de rouxinol urbano onde o melro negro da astúcia é interrompido sucessivamente...
Pelo chilrear exótico do periquito
urbanamente dispensável...
Como o andar urbano em trânsito de poluição sonora...
Eco de...
Matem-me urgentemente.

Vigio os terraços. Os telhados e as varandas da minha visão na indubitável melancolia que se dissolve na beleza de uma lágrima nostálgica de estar vivo...

De ser levado para a alegria de sentir o pulsar da escrita natural ao ritmo do tudo universal em comunhão de bens comunitários no meio desta arena desenfreada e grosseira de analfabetismo mental e cósmico para com a arte suprema.

In natural meaning of life.
Bebi o elixir amargo da rosa vermelha do meu encanto disfarçado sob a mesquinhez ingénua dos meus actos espinhosos perdidos no infinito moral de uma mente sob a negatividade excessiva de um delírio kármico...
De um intrisico suspiro marginalmente melancólico e vanguardista do tudo nada perfumado... Natura exacta da minha confusão rasca de cachorro abandonado nas ruas autênticas e sombrias de uma chinatown desfigurada.
Desfigurada em local de refúgio para o dreamer inconformado sob o olhar divinal da eterna amiga.
A omnipresente coruja cúmplice a minha retina sob o canto de cuidado, tem cuidado... Letra da indubitável essência do cognoscível incognitamente presente no ficcional mundo de simples desejos sinceros em não negar o mínimo sinal do teu socorro...
Vi demais.

Grito desculpas inúteis para disfarçar as minhas mágoas de um socialmente e residual estatuto de pobre improdutivo mental...
Sem por aí dizer de impróprio produtor vírus in success provisório na ilusão de um sonho mágico em terras de primavera em ascendêncial sabedoria.
Viva marcha continuada pela praça da concórdia espalhada em todos os sensores ligados ao meu altar neuronal em disfunção crescente:

Alivio racionalizado em beleza intrinsecamente estranha ao luar da minha razão.

Peço desculpa pela minha animalesca capacidade de odiar e amar o que me rodeia. Gozo os prazeres existenciais que me são oferecidos assim como me isolo na solitária ilha de ingratitude...

Pedaço de terra e rocha febrilmente originado pela inutilidade de agir contra as ágeis manobras de diversão sensório motoras de um sacana chamado brain.

Peço desculpas por tomar a coruja sobre o meu ombro e aclamar a noite como meu cemitério vivo... Espaço donde invoco a presença de todos os meus mentores improvisados na ficção Graigoriana do meu computador de asfalto... Onde desculpo-me mais uma vez de ter nascido numa altura irremediavelmente errada...
Mas onde fascistamente se pode subir ao cume Evereste do absurdo vaginal da in loco visão do belo adormecido monstro do lockness... Exposto em parques de exposições culturais em choque...

Importa-se que lhe sirva um aperitivo teatral?

Sou um estranho, mas não na noite.
A coruja ampara-me pelo grito sério da razão onde o felino passional me guia para a existencial fatalidade de vidas que não renego.

Questiono!

Pergunto exaustivamente até que uma réstia factual de puzzles se possam tornar na complexa destruição do tudo ou nada que possa existir.
Procuro desmitificar tudo ou talvez simplesmente não consigo entender a minha abstracção racional dos mundos que me rodeiam e rotulam para o estatuto autista de coitadito adormecido pelo stress oxidificante da cidade neuronal de escala asiática que emerge a olhos vistos...
Reprodução em massa incrustada na ponta do meu cigarro inacabável ao luar de Cipião o africano.

Aclamo a chuva e os ventos para comungarem tudo o que está para vir.
Mas estes não devem amar-me muito.
Aparecem de vez em quando no fundo do meu retrovisor mental mal direccionado.

Peço desculpas por não ser o que desejam de mim, serei apenas um figurante nocturno.
Ser um pouco um tanto caricato e estranho na luz do dia...
Resplandecente ao luar da razão negra do futuro social e mental da nossa next generation...

Generation debilmente alegre e adormecida pela crescente monopolização económica de um saber burocratizavel em train stations...
Train stations de inúteis razões de escrever algo útil ao meu mas sobretudo ao teu olhar de cachorro vadio em plenas ruas de uma Chinatown sombria pelo cognoscível belo canto da coruja...
Aquela minha amiga em memória latente de um sonho em campos de minas de rosas espinhosas... Devoto local onde monologarei o meu nojento Mea Culpa de inútil para a sociedade de empacotamento racional.




extracto de Politikoide ( ensaio teatral )

quinta-feira, 13 de março de 2008

Ría de Vigo (Sight into the harbour, that takes its name from the city).Imagem via Wikipedia( Mariane ri-se e fica a olhar para Vigo e Porto sentados e a falar entre eles)

Mariane

Estes dois fazem-me rir... Não sei acho piada.
Soledad
Si... Tienen un aire de gamberros.
Sofia
Então Maria é para hoje o charro? ( Mariane cai em si e acende o joint) E então Mariane como está a tua mãe?
Mariane
Como sempre. Viciada em calmantes mas cool como sempre.
Sofia
E porque não lhe dás maría?
Mariane ( Ri-se)
Já passou o tempo da juventude... Agora já se converteu numa respeitada dona de casa. (Ri-se)
Soledad
Tu madre no es nada una estrecha. (Ri-se)
Mariane
Nunca o foi havias de ver as fotos dela quando era jovem, uma verdadeira hippie... E não te falo das fotos quando estava barricada na Sorbone. ( Mariane passa o charro a Soledad que dá umas passas e o passa Sofia)
Sofia
Bonitos tempos aqueles. ( Dá umas passas ao charro) Esta merda devia ser legalizada, não sei qual é o propósito dessa estúpida lei que proíbe fumar drogas leves... As pessoas fumam e vão continuar a fumar!
Soledad
Si e esta mierda de poner todas las drogas en el mismo plan. Joder que hagan una campaña a decir lo que son, lo que hacen y nos dejan a nosotros decidir, coño. Hijos de puta... Fachas de mierda!
Mariane
Sim tens toda a razão e o que é triste é ver o que fazem no Centro H . Ao lado de casa tenho uma cena deles, haviam de ouvir... Fazem-nos cantar cenas debilóides, dão sermões católicos... E tenho uma amiga a quem até bateram e disseram que estava louca e possuída. Algo tão medieval... E os pobres saem de lá não sei como...
Sofia
Lobotomizados. (Riem-se as três)
Mariane
E o pior podem recair com facilidade... Preferia deixá-los nas mãos de psicólogos desde que não estivessem vendidos ao sistema e que realmente pensassem em ajudá-los... E são tão atrofiados e sem auto estima, vê-se que não regulam bem... É essa merda da neo evangelização. Já o fizeram com as prostitutas, com os pobres em outros tempos e agora com os drogados.
Sofia
O que queres têm que encher as lojas de alguma maneira. Ou não estamos a falar da maior e melhor franchising do mundo. ( Bebe um trago de escocês) E assim o estado lava as mãos e eles tem novos adeptos. Religião não é o ópio do povo.
Mariane
Sim religião, fado e futebol, o resto que se foda!
Soledad
Solo sé una cosa, que todos los amigos que conocí y que eran adictos a las drogas duras, la única razón que les hace no recaer otra vez es la maria.
Sofia
Pois sim... Também sei isso de amigos... Esta merda de Estado hipócrita não se rende a essas evidencias. Agora só nos faltava um estado paternalista... Como proibir fumar, que legislam para que as tabaqueiras não viciem o tabaco, que não ponham alcatrão, polónio, nicotina e todas essas merdas.
Soledad
Si que hagan un tabaco menos prejudicial posible, coño. ¿O es que son tontos?
Mariane
Não são tontos, só são vendidos aos lobbies e nenhum partido quer molhar-se, a não ser os pequenos que seguem fieis aos seus eleitores e ideologia.

( Paulo volte e serve uns bolinhos e pasteis )

Extracto de Saída

quinta-feira, 6 de março de 2008

c. 1868Imagem via WikipediaII

Flashback.
Escrever é como beber uma cerveja em qualquer lugar, mas infelizmente a maior parte não consegue perceber isso. Se o amor não é uma comédia. Então prefiro retornar aos meus segredos de infância perfeitamente emoldurados no meu escritório ficcional à deriva algures... No espaço... No tempo... Na acção de viver iluminado ou não.
Como já tinha dito ia partir desta cidade mas antes tinha que revisitá-la turisticamente por uma última vez... Uma última e final de vez sinto eu. Mas sinto também que voltaremos a ver-nos neste mundo pequeno demais ao nosso ego titânico de viver livre no pensamento e na memória.
Sem as nossas leis e o nosso cinema que será de nós neste emaranhar de prédios compulsivamente hediondos. Saí de casa. Desci saltitando as escadas do prédio completamente abandonado a exclusão social. Não há condomínio e a maior parte dos inquilinos ou são doentes idosos, famílias de baixas classes sociais, além de emigrantes do leste ultimamente muito em voga nos noticiários e até em cimeiras europeias penso eu. Cheguei à rua. Caminhei pelo traçado de betão até uma caixinha stop de autocarros onde aguardei um para me levar ao primeiro destino do meu adeus.


Extracto de Em busca ( Part Two: Final ) de M. Kula

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Blizzard in Covilhã - PortugalImagem via Wikipedia



If you fall... Get up!
...
A Estrela protege-te
O transeunte sorri-te sinceramente envolto em tuas asas de querubim caído
Não o deixes!
Pois és puro... És a agua que vitaliza a raíz da Vida...
O ar que enche os pulmões de esperanças
ÉS o rodar do tempo
A permanência de nossa essência...
O sensível retrato do Eu
Amado artista... Destroce prisões erguidas
A Vida... As Vidas... Nós!
Sempre te protegeremos!
Sê honesto e sincero na luz que guia a tua obra
Não esquece que sempre há um amigo...
Sempre há uma razão
Sempre há algo
Para sempre
...
If you cold... We warm you up!




Extracto de Reverso (part 1) de M. Kula

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

An em can be defined as the height of the block used to typeset the font at a particular point size (Measurement c in this illustration)Imagem via Wikipedia





Iludi-me frente ao espelho Iludo-me frente a todos os espelhos que encontro na minha demente realidade Iludo-me na crença de que a minha carcassa vale algo e vale algo se pensar no repasto gula de vermes que aguardam sua missão de limpeza Iludo-me com o meu sorriso escarlate que lança um intimo reflexo de cumplicidade ilusória em um dia ser útil e iludo-me frente a cortina azul da casa de banho branca incandescente Em espelho ilusão/consternação iludo-me nas caricias de chuveiro hidratante em que só me iludo mesmo com a vida sem rumo que obstinadamente não consigo CONTROLAR





Surrealismo em noite catártica - Extraído de Censuravel

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008



Embalado por um whiskey...
Quero dizer dois mais alguns Marlboros... Parti para outro mundo...
Um mundo em que dizes... Que fazes tu aí?


Mas eu não sei... Ia por aquele lado... No canto de um bosque...
Viver a vida que me esperará em dois três séculos... Onde estarei lá...



No canto do bosque junto a essa outra vida que me embala para os seus braços.



Lá onde me sinto seguro e em paz para escrever e escrever mais delírios neste cabaré de nus catárticos envolvidos na felina paixão em posto cimeiro voyeur da nossa incompetência existencial para com tudo o que nos rodeia.



Tomo a razão da existência como ponto crucial de viver uma vida de baixos e altos momentos em alto mar tempestuoso...



Culpa desse scanner vivencial e tempestuoso desta minha existência efémera mas sentida em viver a vida...



Viver as vidas que inundam as nossas existências multifacetadas na razão que nos motiva a viver... Agir... Partir.



Não somos todos iguais... Claro que não... Não viemos todos do mesmo talho. Mas a vida será o resumo de uma busca... De uma crise... Uma busca incessante da verdade inerente a realidade talvez de crises de homens... Crises de linguagens... Crises de fé... Crises de sociedades...



Dará isso uma desilusão catártica impulsionadora.

A iniciação de um caminho para a liberdade de possuir a verdade dentro de uma alma e um corpo.



Debato-me. Debato-me incessantemente nesta questão... Devo estar em crise... Em crise bastante grave de valores e de existências em que emergimos constante e voluntariamente cativados.



A existência deve ser isso mesmo.



Viver realidades e irrealidades de uma mente submersa na fantasia excessiva de viver... Viver demais até... Mas não há crise... Amanhã estarei mais velho.



Esta noite perdi tudo... Tudo aquilo que fiz... Tudo aquilo em que acreditava... Será possível isto acontecer?



Acho que na escrita tudo é possível... É inacreditável a beleza catártica que sobressai nestes pedaços de papel outrora em branco... Onde então... Asfixiado em surrealista noite catártica convidei para um cachimbo a presença de alguns mentores da minha mente em formação.



Ao fim de alguns copos surgiu uma reunião gratificante de crises existenciais embaladas para a conferência intimista de um Rimbaud revoltado.



Não! Não! De agora em diante me revolto contra a morte! O trabalho parece demasiado ligeiro para o meu orgulho: minha traição ao mundo seria um suplicio demasiado curto. No derradeiro momento, atacarei a direita, a esquerda... Então – oh! – Cara pobre alma, a eternidade estará perdida para nós!”

Ora estando eu ainda a decifrar a razão desta minha crise fantasiosa... Surge Sartre com um... Com um...



O que fizeste? Colas-te a mim como os meus dentes a minha gengiva. Vejo-te em todo o lado, vejo o teu ventre sujo de cadela, sinto o teu calor nas minhas mãos, tenho o teu odor nas minhas narinas. Corri até aqui, não sabia se era para te matar ou tomar-te a força. Agora eu sei. Não posso portanto perder-me por uma puta.”

Retorquindo logo o recém chegado Camus...



Não choreis. Não, não, não choreis! Vocês vêem bem que é o dia da justificação. Algo eleva-se nesta hora que é o nosso testemunho a nós outros revoltados: Yanek não é mais um assassino. Um barulho! Bastou um barulho terrível e lá está ele regressado a alegria da infância.”



Este discurso ficou-me na retina onde pensava poder atravessar o espelho...
Mas cuspo sangue na minha banheira... Voltando destas minhas insónias viajante da manhã cortando menções inúteis neste meu caderno de faltas.



Tento desligar o fio para ter de volta o meu silêncio...



Em crise de noite catártica surrealista pelo anoitecer da razão retirarei a minha absolvição... Deixando-vos sem reticências o direito à opinião em noites surrealistas... Fruto existencial de se viver numa ilha de indiferença kármica...



O tal refúgio do moribundo elefante do meu suspiro onde indubitavelmente Every man got the right to decide his own destiny.



No corredor dos meus sonhos esperar-te-ei no canto do bosque onde desde de sempre estiveste.




Lucky Day - Extraído de Censurável de M. Kula

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Penha de Águia, Faial, MadeiraImagem via Wikipedia


Sobre os raios ilúticos da boa vida associada à tua respiração segura e melódica, deste-me o bailar dos sentidos afáveis de lucky day.


Parei e pensei no nirvana da nossa simbiose de perfeição incalculável a olho nu onde o nosso diamante póstumo de beleza pura de sentimento roxo de tanta emotividade nutrícia...

Impulsionava uma vida catártica refrescante na brisa da comum felicidade de delírio cósmico em plena constelação de Orion...

Aquela constelação onde com uma supervisão técnica e harmónica da 9ª orquestra sinfónica deste meu sincero reconhecimento

abstracto/concreto

compúz o ritmo único e puro de um just a lucky day jazzistico arrumado no quarteirão latino estacionado junto a um canto ventilado da minha caixa de pandora...

Caixa viva em rubro electrificante pela passagem de uma Afrodite redescoberta em sentimental e não perdido pensamento.

Aquele pensamento nobre e adormecido na sempre útil quotidiana descoberta humana onde o esquecimento não existe...


Ensombra inutilmente.



Sobre o incontornável I can give you anithin´ but love impulsionei a beleza gentil da frontalidade kármica de um beijo envolto em beija-flor romântico e entregue a paixão Erotico Stream.

Bendita paixão sem a censura terceira da ordem de médicos enrolados numa ordem de advogados em luta pelo Pitágoras.

Pelo Pitágoras dormente na perplexidade natural de um tirar de máscaras.

Véus de uma ultra sofisticada rede de protecção de um bunker construído sobre o exagero da rejeição.



Desse partir de máscaras está a indubitável beleza do nosso olhar despreocupado, confiante na emancipação intelectual de um acto de destino...

Coup de foudre da inevitabilidade arte de amar a jornada de agreste paisagem de desejo amante...


We can only give ourselves anithin´ but love sob o olhar inefável de Platão debruçado sobre uma maldita lira desconexa pelo teu abraço real de...

I kill D. Juan de la Penha na fracção de uma milésima de segundo de um olhar cúmplice em tarde de feira na cidade dos anjos adormecidos em busca de uma cinderela já enforcada na sua torre de ouro e marfim inacabada...

Lá onde já nem a razão do Confúcio opiumizado pelo sono eterno de Morfeu dislexizado pela morte do patinho feio televisivo em horário nobre...


Lá onde apenas sobressai tudo o que sou, devo-o a ti...

Guião inacabado na câmara micro/ocular que do fundo da tua retina delícia o infinito de sensações e motivações que invadem

a quotidiana autoridade exagerada do meu agir...



Única verdade deste meu blues de

I´m in love




Movin´on - Extraído de Lyric Intuition

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008





Gargalhada interior. Hiperventilação arterial.

O riso que nos devolve a infância em que percorremos caminhos de terra e bosque onde cada montículo deste belo paraíso terrenal nossa terra nos impulse para a aventura.


Sou Alexandre o grande... O domador do leão persa... Sou Robin dos pobres e mato o terrível duque de Nottingham, o maldito fascista de merda.

Não... Nada disso... Sou Merlín, o grande Merlín e fundo-me nas arvores e o seu manto verde de esperança. Verde de vida. Vivo em magia, respiro em liberdade.


Acordo.


Acordamos sempre nos momentos de gloria...

É o efémero cintilar do tempo, onde um pestanejar nos remete para a realidade que já não somos crianças. É a cruel noção do relógio que tiquetaqueia continuamente. Nisso não posso. Nisso não podes fazer nada!

NÃO.

Não entres em pânico, a vida são dois dias e amanhã será bonito... Ou será alegre... O fim não é um final... É apenas um novo começo... Não te falhes... Não te inibes. Simplesmente vive. Deixa viver.


Tic... Tac. Tic...Tac. Tic ... Tac.

Time keeps movin´ on.


Amanhece como se o sol ainda não tivesse conhecido Luna. Como se ainda não tivesses encontrado a almofada que repousa sobre o teu leito de sono. Nada que te realize é supérfluo! Volta a ser criança, nem que atrai o desdém dos usurpadores de consciência. Quem te quer te acompanhará na aventura dos sentidos. Não tenhas medo.

Não tenho medo! O movimento é forward with a right step backward.


Tic. Tac.


Caminho para a verdadeira essência das águas em movimento. Desaguarei no oceano as minhas magoas. Renascerei de novo e voltarei a tiquetaquear incessantemente até que a pilha se caduca... Até que a energia não se renova. É o cruel destino do tempo.

Tempo que não devemos deixar escapar!

Volta aos teus sonhos de criança.


Agarra o tempo perdido.

Faz mil e uma revoluções. Renova o mundo. Promove a utopia. Cresce como uma semente em terra de cultivo de bosque. Volta atrás quando necessário e volta. Continua andando. Continua amando.


As rotações do próprio ser são assim de rítmicas.

Sou Napoleão e já não quero continuar a guerra. Sou Truman e já não dou a ordem de lançar a bomba H. Sou Jesus e volto para mostrar o verdadeiro sentido das palavras que outros mal apropriaram.


Acordo.


Volto do sonho. Este preciso Tic... Tac... É meu. Volto ao meu tempo... Volto ao meu momento. Basta de ilusões. Tenho que controlar-me! Tenho que enfrentar-me!


Tic. Tac. Tic. Tac.

O tempo caminha. O tempo avança. O tempo muda.

Tic. Tac.


( silencio)


O tempo tiquetaqueia! Não quero perdê-lo!





Extracto de Saída

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008



3



Segui um raio de luz a filtro azul até a acolhedora boca de cena.

Nela ergui a caveira dramática totalmente ladeada na áurea mística de um Hamlet revisited.

O cenário vazio em profundidade volatilizou-se no abissal karma de hamartia idealo/desejada em Brechtiana Catarsis de reconhecimento.

A cena prolongou-se na irredutibilidade de um flamenco de sentidos Lorca espontaneamente extraídos à flor da pele.

As sombras sobre o canto da parede iluminada redimensionaram o encanto Grotowskyano de simples simplicidade artística.

Dirigi-me à esquerda alta para novo evento de redescoberta pessoal frente ao corredor da queda em sensibilidade sujectiva de irradiamento fantasioso.

Encontrei-me encontrei outro e outro e mais outro reviver ficcional em vários actos quotidianos na simples questão ética de exercício intimamente recaído nas palmas espectadoras acérrimas.

Na épicidade da loucura regozijo-me no Hamlet Machina a solta no palco quotidiano de todos os dias junto a Ofélia.

Em que...

Enlouqueci de novo sob o calor vermelho da minha insegurança genuína.




Extracto da obra Reverso um Poema em duas partes: de M. Kula

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008



Acabou a história não sei o que dizer é que às vezes sou tão minúsculo no vazio da galáxia de ideias que me afluem Onde simplesmente não mexo a ponta de um dedo para deleitar-me no prazer lascivo de viver ao teu lado Feliz da vida que um dia nos esperará algures acabando numa vida além do além em iodine light filtro vermelho Revolução catártica em ebulição


Merda Rastejo algures no meio de lama que de tudo trava minha aventura post-mortem que me seduz desde que existo se é que existo mesmo e é difícil viver-se em sociedade quando se tem um pouco de imaginação Amo-te e parto


Partimos todos um dia



A luz da meia noite, ou o lampião da memória: - Extraído de Censurável de M. Kula

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Dedicado a ti.


Afim de que tudo o que é belo e inconcebível a razão de ser-se puro, e por isso, merecedor de uma confiança cega e desleal. Irei levantar o véu a máscara negra do meu passado volátil arquivado no sector G da minha voracidade egocêntrica e mal Sã...


Aí definirei com eximia à vontade o local, a hora e a razão deste meu acto não menos heróico...

Um tipo de revolta passiva de causar transtorno ao mínimo distúrbio cénico de um candeeiro a tungsténio...

Tungsténio incandescente iluminado no fundo da minha gaveta de Rude boy maníaco depressivo sob efeitos terceiros e debilitadores de 5 valiums plus two drinks of smirnoff puro e ilusório...

Ilusórios e acidificados pelo racismo ostracizante da minha essência caótica de Actin´ time cuja força interior de ódio e escárnio... É a impassividade formal e credível de um mercado de peixe à hora do lanche com cházinhos de erva de camomila diluída em...

Jamaican cannabis proof of life...



A luz da meia noite indicar-me-à um caminho único... Curvilíneo mas recto... Que desabará na ilegalidade do meu acto febril... Desculpem-me... Esta minha juventude esvazia-se a passos de elefante vermelho... Estando o marfim do meu rosto a ruir de olhos fechados...



Estamos no centro de uma elite russa que se tornou no code red da minha revolta patológica com receio de falhar o maldito Currículo para com tudo que me é querido e amado...

Acredito que para renascer é preciso morrer e morrer iluminará talvez, uma nova etapa em que não chegarei a ser Deus ou herói cujo destino é...

Presumivelmente... Morrer...



Ascenderei ao ponto do inesquecimento temporal no qual tudo o que me possui se tornará na minha possessão louca e desvairada... No qual o martírio do meu amor deslizante sob a calada da noite, deverá facilmente associar-se à beleza ballética de uma dança nativa nos arredores de uma Machu pichu desintegrada na massa negra do deserto factual do meu contrato pós-nupcial...
Aquém do sonho de um além-mar sereno e cativo com retorno associado a um nome que não consigo minimamente e resolutamente soletrar como sendo meu...



À luz da lâmpada da meia noite entregarei-me a luxúria desenfreada de corpos tácteis... Aí te amarei minuciosamente sobre o iceberg da intolerância moralista de uma sociedade em ruínas.

Sociedade sobre a qual serei o primeiro a atirar uma pedra armadilhada sob o signo do terrorista incompreendido na página rasgada de uma bíblia de intolerância étnica :

saber cognitivo da ciência comum.


Amar-te-ei até à morte do último suspiro... Onde nem uma taça de café sabor Brasil ressuscitado me poderia mover para junto de corpos carentes e frágeis... Para junto de presas fáceis e tentadoras ao instinto felino desta minha angústia existencial.



Sob o luar da meia noite o abraço dos amantes será sincero ...

For sentimental reasons ...


Será tudo isto o remate explicativo para a inexplicável carícia da paixão fluorescente de um lampião mágico. Tudo numa meia noite memorável em que o canto da coruja cognitiva pautará a mística melodia do saber absoluto.




Ares de Abril Extraído de Lyric Intuition de M. Kula

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008



Anoiteceu como em tantas outras noites

Lá fora. A brisa fria de Abril sensibilizava os corações dos puros que na gélida noite arriscavam tudo.

Arriscavam tudo para que amanhecesses feliz.

Para que todos vivessem livres da hipocrisia e opressão.

Para todos sorrirem

E assim aguardavam o sinal.


O sinal que os tornaria valentes heróis da mais bela passagem da humanidade.


A marcha ecoou pelas ondas da radio.

A sinfonia de liberdade e fraternidade sobre a aldeia com postos de igualdade sob a sombra de uma azinheira poderia tornar-se realidade...

E assim foi dado o sinal.

E assim os valentes heróis marcharam sobre a velha Hulissipone

A fria noite suspirava ares de mudança.


O país dormia. Os sonhos amparavam os nossos incógnitos heróis.


O batalhão dirigia-se ao centro do poder opressor montado em velhas chaimites já nessa altura em desuso.

O medo transpirava pelas suas frontes de ingênuos peãos de xadrez.

Não podiam recuar. Não podiam ser julgados.

Caminharam e amanheceu.

Chegaram à cidade.


Deslumbraram-se com a bela princesa do Tejo


O sol começava a iluminar as fachadas barrocas. O sol dava o cintilante tinte dourado ao esplendoroso rio Ibérico que serpenteia até ao atlântico já na esquina.

A jovem naíve sereia deste dia especial preparava-se para o trabalho seu ganha pão.

Colheu as belas flores da primavera que o seu coração indicou

Dirigiu-se para o destino.


O fim de um regime nefasto


Caminhou ela por uma cidade estranhamente deserta.

O pelotão de nossos bravos encontrou-se com outro batalhão a mando das sanguessugas ao poder

Os olhares dos samurais encontraram-se entre as G3 (baionetas do nosso tempo).

Aí um brilho inusual cintilou nas retinas dos guerreiros.

Irmão frente a irmão nenhuma gota de sangue deve ser derramada


E assim um abraço os uniu para o novo caminho


Uma nova existência


Nossa musa chegou ao restaurante. O patrão exigiu que voltasse para casa.

Que dados estavam lançados para a revolução

E as flores! Disse ela

Volte para casa menina

E caminhou ela rumo ao destino


Cruzou-se com o batalhão of freedom


O capitão reparou na sereia e ela ofereceu um cravo

Todos colheram um cravo

Flor que tapou o cano do fuzil da morte

A marcha continuou rumo a vitoria e o sangue não manchou a terra que pisamos


Esta é a revolução de abril meu amigo

Uma tão bela historia


Já passaram trinta e três anos

A opressão do cifrão continua e novos caciques têm o poder

Há uma luta quotidiana para se ter um status social

Vendemo-nos para ser belos, vendemo-nos para ser ricos

O que passa na rua não nos interessa


Em cada posto não há igualdade

Esquecemo-nos o difícil que foi ter essa liberdade que gozamos


O suor de nossos pais e avós ficou perdido no tempo

Ficamos adormecidos na ânsia do capital

Não interessa o sonho

Não interessa os valores


Interessa o maldito cifrão!


Heróis de Abril...

Não quero que se vos esqueçam

Não quero que se evapore o pólen do cravo

Quero que meus filhos bebam o licor da revolução

Quero em cada esquina um amigo


Quero que seja perene


Quero a sombra da azinheira e não do cifrão

Quero que esses ares de abril se respirem todos os dias

Que não se repita a opressão.


Quero renovação para a Humanidade com a humildade de uma flor

Não vês?

Nessas pétalas está o legado