Desabafo de um lunático

sexta-feira, 13 de julho de 2012

A arte de escrever como qualquer outra arte drena as nossas forças interiores para um mea culpa constante de absolvição das nossas penas.

Passei por muitos e sistemáticos black outs no qual durante meses me questionava a razão desse sonho de ser escritor, poeta e actor em breves delírios de grandeza por um momento. Às vezes esse sonho tornava-se e se torna tão painfull que nem umas reconfortantes lágrimas de reconhecer-se interiormente uno e sincero consegue aliviar este horror diário que afunda as nossas realidades para esse marasmo económico no qual os nossos queridos líderes nos hipnotizam como ovelhas amestradas nesse sistema de novos nobres que vulgarmente conhecemos como políticos. Por muitos pareceres de gente capaz e formada, a situação será sempre a mesma hipocrisia e falta de ética para com a base social que somos, tao absorta como activa que pode ser.

Com muita tristeza e raiva, a mistura contemplo, a deteriorização deste mundo que nos soporta, ilhas de lixo flutuando em quase todos os oceanos, guilds de caçadores gozando e galvanizando a sua Hombria por chacinar faisões e coelhos criados em jaulas e soltas nas suas propriedades privadas e mesmo gatos domésticos que por instinto se infiltram nesses bosques de perdição, ou mesmo olhar para bosques inteiros ardendo para o deleite de especuladores que querem apropriar-se de terrenos outrora verdes como a cor de limão que rege esse meu coração.

Centros de saúde e sociais sendo fechados em cada pestanejo, assim como políticas de austeridade na qual a educação, a saúde e o desenvolvimento de investigação tecnológica são recortados para uma não menos extensa classe que usa o visa gold colectivo para viagens, hotéis 5 estrelas e novos Audi A4 avant line full equipé. Um mundo onde se atropelam os direitos de cada um para que um mercado controlado por orgulhosos tubarões mesquinhos e filhos de uma mãe menos valiosa que uma meretriz bíblica.

O $ será sempre protegido para esses usurpadores que nos representam supostamente. Não consigo entender como se pode massacrar a própria população como acontece impune na Síria, como um suposto rei de uma suposta monarquía constitucional vai de lazer assasinar impunemente elefantes, como elementos de partidos utilizam cargos e influência para licenciaturas sem o mínimo esforço e menos competência ainda, como uma deputada de um partido outra vez supostamente democrático se grita um Que se jodan a desempregados a quem reduzem a sua prestação apesar de terem trabalhado para usufruir desse direito, e os reformados que vêm esses dois tão essenciais subsídios extra serem extinguidos supostamente por um tempo. Voltarão mesmo essas prestações?

Temos todos os recursos para salvar este planeta e repartir essa riqueza do 1% entre todos...

Mas continua sempre a ser o camponês um escravo e os manifestantes carne para canhão e special training a esses polícias de choque lobotomizados. O roubo de fraldas e leite na mercearia da esquina será sempre castigada pelo duro braço da lei enquanto esses cabrões filhos de uma grande donzela continuarão a sair impunes e com cargos frente a entidades públicas e institucionais para continuarem a sua política de tachos e louça de cristal para os seus associados!

Não posso! Não podemos deixar que tudo continue impune... As lágrimas continuam sem parar e gritarei sempre contra a injustiça para que uma moral e uma ética social se instaure.

Essa soberania e poder que dispõe essa gente vem de um contrato social, se o social se perde nessas instâncias, nao terei nenhum remorço quando finalmente o povo questionar esse contrato. Que o Pais pare, que todos os Países parem por duas semanas,um mês ou meses. O social será sempre o todo!

A soberania e a decisão são a arma do Povo!

PS: Desejos para um mundo sincero, se me disculpais, vou-me retirar para mais um mea culpa lírico e desconhecido desta vez.

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