Extracto de Saída

quinta-feira, 6 de março de 2008

c. 1868Imagem via WikipediaII

Flashback.
Escrever é como beber uma cerveja em qualquer lugar, mas infelizmente a maior parte não consegue perceber isso. Se o amor não é uma comédia. Então prefiro retornar aos meus segredos de infância perfeitamente emoldurados no meu escritório ficcional à deriva algures... No espaço... No tempo... Na acção de viver iluminado ou não.
Como já tinha dito ia partir desta cidade mas antes tinha que revisitá-la turisticamente por uma última vez... Uma última e final de vez sinto eu. Mas sinto também que voltaremos a ver-nos neste mundo pequeno demais ao nosso ego titânico de viver livre no pensamento e na memória.
Sem as nossas leis e o nosso cinema que será de nós neste emaranhar de prédios compulsivamente hediondos. Saí de casa. Desci saltitando as escadas do prédio completamente abandonado a exclusão social. Não há condomínio e a maior parte dos inquilinos ou são doentes idosos, famílias de baixas classes sociais, além de emigrantes do leste ultimamente muito em voga nos noticiários e até em cimeiras europeias penso eu. Cheguei à rua. Caminhei pelo traçado de betão até uma caixinha stop de autocarros onde aguardei um para me levar ao primeiro destino do meu adeus.


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