Extracto de Misha Notebook

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Tacteio a pedra de quartzo que me acompanha dentro de meu ser

Busco protecção para o que há de vir

Viver em poetizo é estar-se na deriva, entre frentes que se antagonizam

É ser-se uma erva daninha que nunca ninguém exterminará

É ser-se a verdade que sempre sai da garrafa S.O.S que muitos lançam neste oceano de amarguras supérfluas.

É gritar que se quer!


Poetizar é ser-se livre

A pura essência que nos nutre de esperança

É ser-se felino em plena selva urbana

É querer-se em ti, tu, aquele, aqueles que se nos dirigem

É sentir no remorse and no regrets


Poetizo-me

Acredito que a maldade não existe no seio desses filhos de Apollo

Desse leite goteja o amor em tudo o que existe e que existirá

Pois vive-se para uma causa maior que os outros nunca entenderão


De aí vem a protecção

Desse divino amparo dos Deuses que já esquecemos

Desse eterno abraço da mãe que o vive

Tudo está in and out dele

Uma folha que cai entre a exuberância estival

Uma abelha que chupa os lábios de uma tulipa

Um cordeiro que nasce nos braços de um pastor

Tudo dorme nesse leito


E ele

O poetizo


Inexoravelmente seguirá o seu caminho

Sua voz passará a escrever o seu destino fulfilled em campos verdejantes de silêncio

Não há nada que ele possa fazer

O iceberg derrete-se e o medo evapora-se

É urgente beijar a boca que te deseja

É urgente voar para a liberdade de cada um


De aí em diante


Poetizar-se será a sua noção do dia sussurrada pela noite



Uma filosofia

Uma razão para viver e viver-se




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