A luz da meia noite, ou o lampião da memória: - Extraído de Censurável de M. Kula

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Dedicado a ti.


Afim de que tudo o que é belo e inconcebível a razão de ser-se puro, e por isso, merecedor de uma confiança cega e desleal. Irei levantar o véu a máscara negra do meu passado volátil arquivado no sector G da minha voracidade egocêntrica e mal Sã...


Aí definirei com eximia à vontade o local, a hora e a razão deste meu acto não menos heróico...

Um tipo de revolta passiva de causar transtorno ao mínimo distúrbio cénico de um candeeiro a tungsténio...

Tungsténio incandescente iluminado no fundo da minha gaveta de Rude boy maníaco depressivo sob efeitos terceiros e debilitadores de 5 valiums plus two drinks of smirnoff puro e ilusório...

Ilusórios e acidificados pelo racismo ostracizante da minha essência caótica de Actin´ time cuja força interior de ódio e escárnio... É a impassividade formal e credível de um mercado de peixe à hora do lanche com cházinhos de erva de camomila diluída em...

Jamaican cannabis proof of life...



A luz da meia noite indicar-me-à um caminho único... Curvilíneo mas recto... Que desabará na ilegalidade do meu acto febril... Desculpem-me... Esta minha juventude esvazia-se a passos de elefante vermelho... Estando o marfim do meu rosto a ruir de olhos fechados...



Estamos no centro de uma elite russa que se tornou no code red da minha revolta patológica com receio de falhar o maldito Currículo para com tudo que me é querido e amado...

Acredito que para renascer é preciso morrer e morrer iluminará talvez, uma nova etapa em que não chegarei a ser Deus ou herói cujo destino é...

Presumivelmente... Morrer...



Ascenderei ao ponto do inesquecimento temporal no qual tudo o que me possui se tornará na minha possessão louca e desvairada... No qual o martírio do meu amor deslizante sob a calada da noite, deverá facilmente associar-se à beleza ballética de uma dança nativa nos arredores de uma Machu pichu desintegrada na massa negra do deserto factual do meu contrato pós-nupcial...
Aquém do sonho de um além-mar sereno e cativo com retorno associado a um nome que não consigo minimamente e resolutamente soletrar como sendo meu...



À luz da lâmpada da meia noite entregarei-me a luxúria desenfreada de corpos tácteis... Aí te amarei minuciosamente sobre o iceberg da intolerância moralista de uma sociedade em ruínas.

Sociedade sobre a qual serei o primeiro a atirar uma pedra armadilhada sob o signo do terrorista incompreendido na página rasgada de uma bíblia de intolerância étnica :

saber cognitivo da ciência comum.


Amar-te-ei até à morte do último suspiro... Onde nem uma taça de café sabor Brasil ressuscitado me poderia mover para junto de corpos carentes e frágeis... Para junto de presas fáceis e tentadoras ao instinto felino desta minha angústia existencial.



Sob o luar da meia noite o abraço dos amantes será sincero ...

For sentimental reasons ...


Será tudo isto o remate explicativo para a inexplicável carícia da paixão fluorescente de um lampião mágico. Tudo numa meia noite memorável em que o canto da coruja cognitiva pautará a mística melodia do saber absoluto.




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