Extracto de Saída (ensaio narrativo de Misha Kula)

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Se algum dia escrever... Espero ser um daqueles escritores que quando se lê... Não se percebe mas sim há de certa forma aquela harmonia de alguma maneira imposta entre uma escrita TNT/abstracta mas pura no sentido de sair muitas vezes sem explicação mas sim de facto em valor escrito nesse próprio impróprio acto de escrever.

No fim quem ganha vida... Eu ou as linhas que me escreveram...

Gosto de considerar qualquer acto escrito como um processo criativo.

É beber-se nessa iced cup onde encontrámos essa agua de beber, el gento in rio e a mística sensação de criar-se algo... Começarei então por um one note samba entrelinhado com um Al Berto Nick cavizado onde alinharei um chega de saudade fio condutor à um lirismo Lou Reed complexado in meditation... I don´t know just where I´m goin´... Depois.

In berimbau e how insensitive frio acto de escrever acabarei este meu processo criativo... Acto de liberdade in bossa nova jazz moment of reflexion sentido a flor de pele.

Revejo tudo demasiado na cor e no sabor do café. Defeito de fabrico. Talvez isso tornará a minha escrita monótona e sem fluidez... Será algo bruto e áspero onde talvez a tranquilidade jazzística não deslizará por essa salgalhada de momentos sem determinado interesse.

Apenas acho que lançar interrogações é o reflexo de lançar lanças a minha ignorância que nunca conseguirei suprimir... Para não ser agua parada de desconfiança mas sim agua em movimento de regeneração constante... Só isso... Mais nada... Pelo menos para mim e ao meu acto de criativamente tentar viver.

Vivo a insensatez pura do artista sem forças e esgotado mas pronto para retomar o sinal até o extinguir da chama que lhe dá forças.

De todos os textos que ofereci para ler... Senti o parar a meio e não pegar mais... Senti a leitura e a tentativa de analise e perceber porquê essa escrita... Respondo que por mais instrução que se aja... O acto de leitura é o bem de certos iluminados....

Isso inibe o meu acto de escrever... Pelo menos para hoje.

O acto de escrever é extremamente assustador quando se foge a regra mesmo de forma inconsciente... É rever-se eternamente em discussão retórica aberta onde há sempre um ponto para voltarmos...

Sempre tenho amigos que apreciam a minha escrita com a simpatia de ser sincera a opinião que daí veio e que recebo sempre com um sorriso na retina...


Por eles amanhã escreverei.



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