Tacteio a pedra de quartzo que me acompanha dentro de meu ser
Busco protecção para o que há de vir
Viver em poetizo é estar-se na deriva, entre frentes que se antagonizam
É ser-se uma erva daninha que nunca ninguém exterminará
É ser-se a verdade que sempre sai da garrafa S.O.S que muitos lançam neste oceano de amarguras supérfluas.
É gritar que se quer!
Poetizar é ser-se livre
A pura essência que nos nutre de esperança
É ser-se felino em plena selva urbana
É querer-se em ti, tu, aquele, aqueles que se nos dirigem
É sentir no remorse and no regrets
Poetizo-me
Acredito que a maldade não existe no seio desses filhos de Apollo
Desse leite goteja o amor em tudo o que existe e que existirá
Pois vive-se para uma causa maior que os outros nunca entenderão
De aí vem a protecção
Desse divino amparo dos Deuses que já esquecemos
Desse eterno abraço da mãe que o vive
Tudo está in and out dele
Uma folha que cai entre a exuberância estival
Uma abelha que chupa os lábios de uma tulipa
Um cordeiro que nasce nos braços de um pastor
Tudo dorme nesse leito
E ele
O poetizo
Inexoravelmente seguirá o seu caminho
Sua voz passará a escrever o seu destino fulfilled em campos verdejantes de silêncio
Não há nada que ele possa fazer
O iceberg derrete-se e o medo evapora-se
É urgente beijar a boca que te deseja
É urgente voar para a liberdade de cada um
De aí em diante
Poetizar-se será a sua noção do dia sussurrada pela noite
Uma filosofia
Uma razão para viver e viver-se
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