vamos parar sempre ao norte
em busca dessa fria sensaçao de abandono
aí recuperamos forças até que se nota uma diferença
uma diferença indiferente aquilo que de facto já somos
não há rima e não há porto que nos encalhe em algum lugar
vivemos e simplesmente morremos mais tarde
amo-te
beijo-te
vivo-te
tudo palavras que caem no mesmo fundo
no mesmo background que chora um ainda não encontrei-te
um sempre ainda não encontrei-me
e essa sinceridade érode
érode a pedra e rasga a terra que caminhes sempre a procura desse lugar
desse mundo onde haverá mais gente como tu
mais como eu
menos como eles na verdade
estou feliz e triste nessa terra soleada
sinto-me bem mas mais quero
menos quero até para ser sincero
nunca temos o apoio que precisamos
ao menos a grande maioria assim vive
assim deixe de viver
triste terra
triste sonho este meu
mas não desanimes nem estresses por esse nada
tudo se resolverá meu amor
tudo se animará meu calor
tudo isso é ansiedade
tudo isso é normalidade
quando de repente sentes que desejada sempre foi essa meta
essa rota que te guia em misguidance
ao norte vou parar
a morte vou escapar
entrego-me ao esplendor do teu rir
não vou quebrar
não vou partir
não vou abandonar
vou sorrir
vou amar
e entregar esse elixir
esse ópio que já vês desde muito atráz
desde muito além do que fomos
irrequietos sem noçao certa
perfeitos em zona incerta
c´est un monde à l´envers où on regarde tous de travers
não busques mais
não desejes de mais
assim virá o sentir
assim sentir será viver
vamos parar sempre ao norte
até que o norte deixe de ser norte
e esse amar de ser morte
só poderemos amar-nos sem treguas pelo meio
sem travas nem arrastar de penas
de penas que por fim deixam de ser éternas
extracto da nota 28
domingo, 21 de setembro de 2014
Publicado por mishakula às 00:17 0 comentarios
Desabafo de um lunático
sexta-feira, 13 de julho de 2012
A arte de escrever como qualquer outra arte drena as nossas forças interiores para um mea culpa constante de absolvição das nossas penas.
Passei por muitos e sistemáticos black outs no qual durante meses me questionava a razão desse sonho de ser escritor, poeta e actor em breves delírios de grandeza por um momento. Às vezes esse sonho tornava-se e se torna tão painfull que nem umas reconfortantes lágrimas de reconhecer-se interiormente uno e sincero consegue aliviar este horror diário que afunda as nossas realidades para esse marasmo económico no qual os nossos queridos líderes nos hipnotizam como ovelhas amestradas nesse sistema de novos nobres que vulgarmente conhecemos como políticos. Por muitos pareceres de gente capaz e formada, a situação será sempre a mesma hipocrisia e falta de ética para com a base social que somos, tao absorta como activa que pode ser.
Com muita tristeza e raiva, a mistura contemplo, a deteriorização deste mundo que nos soporta, ilhas de lixo flutuando em quase todos os oceanos, guilds de caçadores gozando e galvanizando a sua Hombria por chacinar faisões e coelhos criados em jaulas e soltas nas suas propriedades privadas e mesmo gatos domésticos que por instinto se infiltram nesses bosques de perdição, ou mesmo olhar para bosques inteiros ardendo para o deleite de especuladores que querem apropriar-se de terrenos outrora verdes como a cor de limão que rege esse meu coração.
Centros de saúde e sociais sendo fechados em cada pestanejo, assim como políticas de austeridade na qual a educação, a saúde e o desenvolvimento de investigação tecnológica são recortados para uma não menos extensa classe que usa o visa gold colectivo para viagens, hotéis 5 estrelas e novos Audi A4 avant line full equipé. Um mundo onde se atropelam os direitos de cada um para que um mercado controlado por orgulhosos tubarões mesquinhos e filhos de uma mãe menos valiosa que uma meretriz bíblica.
O $ será sempre protegido para esses usurpadores que nos representam supostamente. Não consigo entender como se pode massacrar a própria população como acontece impune na Síria, como um suposto rei de uma suposta monarquía constitucional vai de lazer assasinar impunemente elefantes, como elementos de partidos utilizam cargos e influência para licenciaturas sem o mínimo esforço e menos competência ainda, como uma deputada de um partido outra vez supostamente democrático se grita um Que se jodan a desempregados a quem reduzem a sua prestação apesar de terem trabalhado para usufruir desse direito, e os reformados que vêm esses dois tão essenciais subsídios extra serem extinguidos supostamente por um tempo. Voltarão mesmo essas prestações?
Temos todos os recursos para salvar este planeta e repartir essa riqueza do 1% entre todos...
Mas continua sempre a ser o camponês um escravo e os manifestantes carne para canhão e special training a esses polícias de choque lobotomizados. O roubo de fraldas e leite na mercearia da esquina será sempre castigada pelo duro braço da lei enquanto esses cabrões filhos de uma grande donzela continuarão a sair impunes e com cargos frente a entidades públicas e institucionais para continuarem a sua política de tachos e louça de cristal para os seus associados!
Não posso! Não podemos deixar que tudo continue impune... As lágrimas continuam sem parar e gritarei sempre contra a injustiça para que uma moral e uma ética social se instaure.
Essa soberania e poder que dispõe essa gente vem de um contrato social, se o social se perde nessas instâncias, nao terei nenhum remorço quando finalmente o povo questionar esse contrato. Que o Pais pare, que todos os Países parem por duas semanas,um mês ou meses. O social será sempre o todo!
A soberania e a decisão são a arma do Povo!
PS: Desejos para um mundo sincero, se me disculpais, vou-me retirar para mais um mea culpa lírico e desconhecido desta vez.
Publicado por mishakula às 15:16 0 comentarios
quel pauvre con
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
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um anao not so sweet soltou das suas...
entre às banalidades quotidianas e outros nao sei o quê, a liberdade desaparece em mais um rasgo de pele. a táctica é simples e assim costumam fazer.
Voltamos de ferias sem pachora para nada e amanhá já é uma sensaçao de segunda quando devía ser já e presente de uma sexta feira - já passou.
Estamos na rotina de sempre. um acordar como qualquer outro de segunda. Um what a fuck que ecoa entre linhas que vao desde um toque de despertador até ao café relax de I´ m desperto. umas passas num cigarro. um olhar sobre o horizonte sem saber a razao deste instincto e o dia estará por começar aussi calme que toujours.
Os passaros com os seus quotidanos monologos matutinos agitam, a sua maneira, um vivo sentir onde apenas humanos circulam em ruas desertas por uma hora, das 6 as 7 para os mais distraídos de entre nós. E já caminha-se para um autocarro ou metro que nos arrasta para o centro, the factory que ocupa el tiempo que debíamos perder, entre nós a cultivar ou a vegetar. Entretanto um gadget nos faz viver urbano e cair na realidade. Tudo normal?
Aparentemente a liberdade foge para um twiteia-se para alegrar o dia
- Roms Expulsion!
Nada é supostamente normal! algumas cabezinhas começam o dia a limpar a casa.
quel pauvre con ce tipe!
Em grito mudo permaneço por um tempo... aparentemente what a fuck 'r' we accepting!
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Publicado por mishakula às 20:54 3 comentarios
Etiquetas: crónicas
nota
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
afinal tudo é fútil!
tudo evapora algum dia... resquícios de uma vida em normas que já não fazem sentido
e de novo a esperança de um novo amanhecer soulage son coeur
dentro de um splish tudo será novo
bendita amnésia
I am reborn
Publicado por mishakula às 20:18 0 comentarios
à parte
sexta-feira, 24 de julho de 2009
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Não me interessa a felicidade de todos os homens Apenas a felicidade de cada um e de cada ser vivo que por aí andam
no further
q
u
e
s
t
i
o
n
s
No more questions CAN I EXPECT ...
Vian Pessoa Rimbaud Vergílio Ferreira Camus Sartre
Al Berto Cesariny Heiner Muller
Prevert
Hemingway
Ainda esperam que tentemos escrever algo de belo
Maupassant
Caio muitas vezes na lástima miserável do que sou aqui no meio de vós Sou nada
Sou o luto da vida que anda por aí Acolá Ali sou menosprezado adorado até a medula e nada Nada passe nada aconteça nada enlace Esqueço e esqueço aqui no meu scanner que sofre e que no fundo recai na sua demente sad life de melancólico Excêntrico existencialista Snobe ultra direita mais que direita
Mas só me interessa mesmo a blue melody de ser um génio que a vida castigou não sei porquê
Por nada
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Publicado por mishakula às 21:04 1 comentarios
Etiquetas: Literatura
texto deslaxadamente posto
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
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desejo um incontornável desejo de deitar-me ao solo
ouvir o teu bater
sentir uma chama que me impulsa latir umas linhas que derivam nessa arrogância de ser eu
yogar fundo
libertar e ser libertario
freaze my soul
dentro de nada será noite
saudade
dentro de nada sera noite
doar-se é matar-se lentamente cozido em delicatessen repasto de amargos e crueis devoradores de sonhos
Nunca
nunca antes te desejei tanto...reminisciência que me espera
uma linha ténue separa a realidade da sombra em que me afundo entre sabanas deslizando way to the eliseum dream
lá fora tudo normal
por dentro umas ruinas (des) soterrando-se da pena que se m´ofrece
em frente, por outro lado, se vislumbra a incertitude de ser-se um ser mais à deriva
je regarde la mer...
je garde toujours un goût âmer...
vivo nessa realidade
vivo nesse conforto que me suspira em cada linha
dentro de nada será noite
saudade
dentro de nada será noite
em mil desejos espero uma irrupçao de escombros de um mundo que já cesse de encontrar-se
na rua semi deserta
circulo
aparentemente só
incrivelmente melancolico desaguo uma gota na existência que tarda a pronunciar-me
desejo essa vida que me espera
anseio essa vida que não terei
com um egocentriko desejo de writer abandonado em sua propia orgia de vaidades
queridos pares... abandono-me
dentro de nada será noite
saudade
dentro de nada será noite
é como abrir-se uma caixa de pandora e ter a confirmaçao que tudo é emptyness
é olhar para essa escarpada falesia alma nuestra y dejarse correr
correr imovel
parar frente a yellow moon
ke vejo ke sou ke serei e tantas outras banalidades reminiscentes povoam este meu hangar outrora um cemitério verdejante
contudo obra-se
justifica-se que de nada serve estagnar
dentro de nada será noite
saudade
dentro de nada será noite
e assim de repente uma melodia se torna em processo de vida
one trully feeling of hope
tudo se apaciguará nesse desejo realidade
tudo deslizará nessa linha contínua descontínua que nos sensibiliza
nada mais importa
nesse refrao que é a noite
a saudade perfile-se como a única bela verdade de existir
....for now on I´m almost complete
dentro de nada serás eu ou um breve suspiro que sussurou.
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Publicado por mishakula às 21:52 1 comentarios
Etiquetas: Literatura
Mais um extracto de NoteBook
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
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10)
A todos my beloved friends
A todos que confiam em mim
Tenho andando desleixado e indigno dessa confiança sem entraves que me concebeis.
De inovação não vejo um ponto neste caderno de sessions ambulantes
De lirismo nada de novo que faça girar a terra mais que a sua própria gravidade
Desleixado me refastelo ao sol, aqueço o corpo como um lagarto em horas mortas
No pensamento estou ancorado no ontem que me brutaliza a ordem do dia
Não deveria ter sido uma besta
Deveria ter mantido a delicada candura da margarita que balanceia ao vento
16 horas passaram e ainda ainda não consegui matar a raiva que me vulgarize
Estou perdido neste túnel sem luz nem esperança
Walt... Frederico... Arthur
Terão passado vocês por estes tristes black out?
Ao contrario de vós não tenho o génio nem a síntese de beleza na veia que conduz a minha lira
Mais de nunca, ontem vulnerabiliza a minha capacidade de agir
Em vossos braços entro no último conforto que me resta
Neles a minha hora morta ao sol terá sensibilidade de ser...
Mais ainda...
Será uma utilidade de ter sem proclamar nem supor .... A única verdade que nos guie ao som do vento e das gaivotas
Sem um fim no horizonte – o caminho torna-se um prazer
Assim como a tua retina irriga um oceano digno para afogar-se
Trully friends of mine
A pedra permanecerá para contar esta fairy tale de engomar
I' m such a lazy bastard
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Publicado por mishakula às 22:19 1 comentarios
Etiquetas: Literatura